"Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz"
São Francisco de Assis

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

SÃO TOMÉ O apóstolo que proclamou conhecida profissão de fé: "Meu Senhor e meu Deus"
















Hoje é a festa de São Tomé, apóstolo que proclamou conhecida profissão de fé "Meu Senhor e meu Deus"

Neste dia 3 de julho, é celebrado São Tomé, recordado por ter duvidado da Ressurreição de Cristo até que o Senhor apareceu a ele, mostrando-lhe as chagas e o Apóstolo fez uma profissão de fé, repetida muitas vezes até os dias de hoje. Mais tarde, veio a morrer como um grande mártir.
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No Evangelho de São João (20,19-29), Jesus ressuscitado apareceu aos seus discípulos quando as portas estavam trancadas, pôs-se no meio deles e disse-lhes: “A paz esteja convosco”.

Nesta ocasião, Tomé não estava presente e, quando seus companheiros lhe contaram que tinham visto o Senhor, ele duvidou. “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei”, disse.
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Oito dias depois, quando todos estavam novamente no mesmo lugar, inclusive Tomé, Jesus voltou a aparecer-lhes e repetiu a saudação: “A paz esteja convosco”.
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Depois disse a Tomé: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus disse: “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto”.
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São Tomé era judeu, natural da Galileia e pescador. Jesus o escolheu como um dos doze Apóstolos e foi a ele quem o Senhor fez uma revelação especial na Última Ceia.
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“Disse-lhe Tomé: ‘Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?’ Jesus lhe respondeu: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim’” (Jo 14,5-6).

São Tomé pregou na Pérsia e região ao redor, Índia e Etiópia. A tradição diz que foi vendido como escravo para o rei indiano Gundafar, que buscava um arquiteto para construir seu palácio e sabia que o santo era conhecedor desta técnica.
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O Apóstolo pregou para a filha do rei sobre as vantagens da castidade e, por isso, foi aprisionado, mas milagrosamente escapou da prisão. No entanto, morreu como mártir na costa de Coromandel (Madrás – Índia). Ali foi descoberto seu corpo com marcas de lanças.
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Séculos depois, seus ossos foram levados para Edessa e atualmente encontram-se na Catedral de Ortona (Itália).

É representado com uma lança ou um cinturão, porque se diz que, depois da Assunção de Maria, foi ao sepulcro dela e pegou o cinturão da Virgem que estava lá e que hoje é venerado na Catedral de Prato (Itália).

Reflexão

( cf. São Gregório Magno) Mais proveitosa foi para a nossa fé a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos que não duvidaram. Deste modo, o discípulo que duvidou e tocou, tornou-se testemunha da realidade da ressurreição. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade exclamando: “Meu Senhor e meu Deus”. Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver.

Oração

Concedei-nos, Deus onipotente, a graça de celebrar com alegria a festa do apóstolo São Tomé, de modo que, ajudados pela sua intercessão, tenhamos a vida pela fé em Jesus Cristo, que ele reconheceu como Senhor. 
Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Fonte: ACI Digital / Padre Evaldo César de Souza, CSsR




quarta-feira, 3 de julho de 2024

São Tomé



Tomé significa “abismo” ou “duplicado”, em grego dídimo; ou vem de thomos, que quer dizer “divisão”, “partilha”. O nome Tomé também pode vir de Theos, “Deus”, e meus “meu”, isto é, “Deus meu”, o que corresponde ao que disse quando reconheceu sua fé: “Senhor meu e Deus meu”.
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O apóstolo Tomé ou Tomás era pescador quando Jesus o encontrou e o admitiu entre seus discípulos.
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São três as grandes passagens do apóstolo Tomé no livro sagrado. A primeira é quando Jesus é chamado para voltar à Judéia e acudir Lázaro. Seu grupo tenta impedir que se arrisque, pois havia ameaças dos inimigos e Jesus poderia ser apedrejado. Mas ele disse que iria assim mesmo e, aflito, Tomé intima os demais: “Então vamos também e morramos com ele!”
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Na segunda passagem, demonstra melancolia e incerteza. Jesus reuniu os discípulos no cenáculo e os avisou de que era chegada a hora do cumprimento das determinações de seu Pai. Falou com eles em tom de despedida, conclamando-os a segui-lo: “Para onde eu vou vocês sabem. E também sabem o caminho”. Tomé queria mais detalhes, talvez até tentando convencer Jesus a evitar o sacrifício: “Se não sabemos para onde vais, como poderemos conhecer o caminho?”. A resposta de Jesus passou para a história: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.
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E a terceira e definitiva passagem foi a que mais marcou a trajetória do apóstolo. Foi justamente quando todos lhe contaram que o Cristo havia ressuscitado, pois ele era o único que não estava presente ao evento. Tomé disse que só acreditaria se visse nas mãos do Cristo o lugar dos cravos e tocasse-lhe o peito dilacerado. A dúvida em pessoa, como se vê. Mas ele pôde comprovar tanto quanto quis, pois Jesus lhe apareceu e disse: “Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos!… Não sejas incrédulo, acredita!” Dessa forma, sua incredulidade tornou-se apenas mais uma prova dos fatos que mudaram a história da humanidade.
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Após a crucificação e a ressurreição, pregou entre os medos e os partas, povos que habitavam a Pérsia. Há também indícios de que tenha levado o Evangelho à Índia, segundo as pistas encontradas por são Francisco Xavier no século XVI. Morreu martirizado com uma lança, segundo a antiga tradição cristã. Sua festa é comemorada em 3 de julho.
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Eis o que Isidoro diz desse apóstolo em seu livro sobre a vida e a morte dos santos: “Tomé, discípulo e imitador de Cristo, foi incrédulo ao ouvir e fiel ao ver. Pregou o Evangelho aos partas, aos medas, aos persas, aos hircanos e aos báctrios; entrando no Oriente e penetrando no interior da região, pregou até a hora de seu martírio. Foi trespassado por lanças”.