"Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz"
São Francisco de Assis

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segunda-feira, 2 de junho de 2025

AS ROSAS SEM ESPINHOS E A "PORCIÚNCULA" DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

 




Desde que São Francisco de Assis jogou-se sobre as rosas no jardim da Igreja de Santa Maria dos Anjos, elas nasceram sem espinhos. 
A façanha passou a ser considerada mais um milagre dessa Santo nascido na Região da Úmbria, na Itália. 
Curioso também é observar as pombinhas que, anualmente, criam uma nova geração sobre os braços da estátua de São Francisco, nas dependências da Igreja. Por fim, não poderíamos deixar de exibir a pequena "porciúncula", uma igrejinha construída pelas mãos do próprio São Francisco e que atualmente encontra-se no interior da suntuosa Igreja de Santa Maria dos Anjos.



segunda-feira, 26 de maio de 2025

PROGRAMA "A SERVIÇO DA VIDA" EP. 71 - DO MODO DE TRABALHAR

 




A Serviço da Vida – O Modo de Trabalhar Franciscano 
 
Neste episódio, vamos refletir sobre uma das maiores marcas do carisma franciscano: o trabalho como expressão de amor, serviço e cuidado.

Desde os primeiros passos da nossa Associação e Fraternidade, há quase 40 anos, somos guiados por um jeito muito particular de trabalhar, onde o esforço coletivo, os mutirões, a partilha e a fraternidade constroem obras que transformam vidas.

 Aqui, o trabalho nunca foi visto como busca por lucro ou acúmulo, mas como uma verdadeira missão. Cada gesto, cada tarefa, cada tijolo colocado, tem um único propósito: servir, cuidar e amar quem mais precisa.

Você vai conhecer histórias, testemunhos e ver na prática como esse modo franciscano de trabalhar segue vivo, inspirando colaboradores, voluntários e toda a nossa missão, seja nos hospitais, nas comunidades terapêuticas, no Barco Hospital, nas obras sociais e em cada canto onde estendemos as mãos.

💙 Trabalhar, servir e cuidar... porque é na fraternidade que encontramos sentido para a vida.



quinta-feira, 8 de maio de 2025

BENÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS A FREI LEÃO.


O Sentido da Benção de São Francisco.
Benedicat tibi Dominus


Benção de São Francisco de Assis a Frei Leão.

"O Senhor te abençoe e te guarde!

O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça!
O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz!"


A passagem bíblica onde consta a Benção de São Francisco a Leão, que pode ser estendia a todos nós está em  Números 6- 22-26

22 O Senhor disse a Moisés: 23 “Dize a Aarão e seus filhos o seguinte: eis como abençoares os filhos de Israel:24 O Senhor te abençoe e te guarde! 25 O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça!

26 O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! 27 E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei”. 


As palavras que Francisco acrescentou às bíblico-litúrgicas são poucas, mas importantes, porque são pessoais do Santo: "O Senhor te abençoe, Frei Leão".


“(...) Redescobrindo-a e voltando a utilizá-la estaremos fazendo o que fez Francisco ao recuperar uma fórmula litúrgica quase esquecida, considerando-a apta para consolar o amigo na aflição. Usando-a, Francisco descobriu o profundo significado da fórmula e, no modo de usá-la, mostrou que captou precisamente seu sentido original...”.

www.vocacaofranciscana.blogspot.com

Hoje foi eleito o 267º Papa da Igreja Católica com o nome de Papa Leão XIV

São Francisco de Assis era muito amigo do Frei Leão: 
E agora Papa Francisco e Papa Leão XIV.  Coincidência? 
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Publicado 04-10-2024- Atualizamos para cima , data de hoje 

quarta-feira, 12 de março de 2025

🌺 Testamento de São Francisco



1 O Senhor assim deu a mim, Frei Francisco, começar a fazer penitência: porque, como estava em pecados, parecia-me por demais amargo ver os leprosos.
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2 E o próprio Senhor me levou para o meio deles, e fiz misericórdia com eles.
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3 E afastando-me deles, aquilo que me parecia amargo converteu-se para mim em doçura da alma e do corpo; e depois parei um pouco e saí do século.
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4 E o Senhor me deu tal fé nas igrejas, que assim simplesmente orava e dizia:
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5 Nós te adoramos, Senhor Jesus Cristo, também em todas as tuas igrejas, que estão em todo o mundo, e te bendizemos, porque por tua santa cruz remiste o mundo.
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6 Depois o Senhor me deu e dá tanta fé nos sacerdotes, que vivem segundo a forma da santa Igreja Romana, por causa de sua ordem, que, se me fizerem perseguição, quero recorrer a eles mesmos.
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7 E se tivesse tanta sabedoria, quanta teve Salomão (cfr. 3Rs 4,30-31), e encontrasse sacerdotes pobrezinhos deste século, nas paróquias onde moram não quero pregar além da sua vontade.
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8 E a eles e todos os outros quero temer, amar e honrar como a meus senhores.
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9 E não quero considerar pecado neles, porque enxergo neles o Filho de Deus, e são meus senhores.
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10 E o faço por isto: porque nada vejo corporalmente neste século do mesmo Filho de Deus, senão o santíssimo Corpo e o seu santíssimo Sangue, que eles recebem e só eles administram aos outros.
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11 E esses santíssimos mistérios sobre todas as coisas quero que sejam honrados, venerados e colocados em lugares preciosos.
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12 Os santíssimos nomes e suas palavras escritas, onde quer que os encontre em lugares ilícitos, quero recolher e rogo que sejam recolhidos e colocados em lugar honroso.
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13 Também a todos os teólogos e aos que nos administram as santíssimas palavras divinas devemos honrar e venerar como a quem nos administra espírito e vida (cfr. Jo 6, 64).
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14 E depois que o Senhor me deu frades, ninguém me ensinava o que deveria fazer, mas o próprio Altíssimo me revelou que deveria viver segundo a forma do santo Evangelho.
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15 E eu o fiz escrever em poucas palavras e simplesmente, e o senhor papa confirmou para mim.
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16 E os que vinham tomar a vida davam aos pobres tudo que podiam ter (Tob 1,3), e estavam contentes com uma única túnica, remendada por dentro e por fora, com o cíngulo e as bragas.
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17 E não queríamos ter mais.
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18 Os clérigos dizíamos o Ofício segundo os outros clérigos, os leigos diziam: Pai-nosso (Mt 6,9-13); e ficávamos nas igrejas muito de boa vontade.
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19 E éramos iletrados e súditos de todos.
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20 E eu trabalhava com minhas mãos (cfr. At 20,34), e quero firmemente que todos os outros frades trabalhem em trabalho que convém à decência.
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21 Os que não sabem, aprendam, não pela cobiça de receber o preço do trabalho mas pelo exemplo e para repelir a ociosidade.
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22 E quando não nos derem o preço do trabalho, recorramos à mesa do Senhor, pedindo esmola de porta em porta.
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23 Uma saudação me revelou o Senhor, que disséssemos: O Senhor te dê a paz (cfr. 2Ts 3,16).
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24 Cuidem os frades que de nenhum modo recebam as igrejas, habitações pobrezinhas e tudo que para eles se constrói, se não forem como convém à santa pobreza, que na Regra prometemos, sempre aí se hospedando como forasteiros e peregrinos (cfr. 1Pd 2, 11).
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25 Mando firmemente por obediência a todos os frades que, onde quer que estejam, não se atrevam a pedir letra alguma na Cúria Romana, por si ou por pessoa intermediária, nem para alguma igreja ou algum outro lugar, nem por aparência de pregação nem por perseguição de seus corpos;
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26 mas onde quer que não forem recebidos, fujam para outra terra, para fazer penitência com a bênção de Deus.
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27 E firmemente quero obedecer ao ministro geral desta fraternidade e ao outro guardião que lhe aprouver dar-me.
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28 E de tal modo quero estar preso em suas mãos que não possa ir ou fazer mais do que a obediência e a sua vontade, porque é meu senhor.
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29 E embora seja simples e enfermo, contudo sempre quero ter um clérigo que me faça o ofício como está contido na Regra.
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30 E todos os outros frades tenham que obedecer assim aos seus guardiães e a fazer o ofício segundo a Regra.
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31 E os que se descobrisse que não fazem o ofício segundo a Regra, e quisessem variar de outro modo, ou não fossem católicos, todos os frades, onde quer que estejam, sejam por obediência obrigados a, onde quer que encontrem algum desses, apresentá-lo ao custódio mais próximo desse lugar onde o tiverem encontrado.
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32 E o custódio seja firmemente obrigado por obediência a guardá-lo fortemente, como um homem em prisão de dia e de noite, de modo que não possa ser arrancado de suas mãos, até que em sua própria pessoa o apresente nas mãos de seu ministro.
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33 E o ministro firmemente esteja obrigado, por obediência a enviá-lo por meio de tais frades, que o guardem de dia e de noite como homem em prisão, até que o apresentem diante do senhor de Hóstia, que é o senhor, protetor e corretor de toda a fraternidade.
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34 E não digam os frades: "Esta é outra Regra", porque esta é uma recordação, admoestação, exortação e meu testamento, que eu, Frei Francisco, pequenino, faço a vós, meus irmãos benditos, para isto: para que mais catolicamente observemos a Regra que prometemos ao Senhor.
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35 E o ministro geral e todos os outros ministros sejam obrigados por obediência a não acrescentar ou diminuir (cfr. Dt 4,2; 12,32) nestas palavras.
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36 E tenham sempre este escrito consigo junto da Regra
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37 E em todos os capítulos que fazem, quando leem a regra, leiam também estas palavras.
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38 E a todos os meus frades, clérigos e leigos, mando firmemente por obediência que não ponham glosas na regra em nestas palavras, dizendo: "Assim devem entender-se".
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39 Mas assim como o Senhor me deu de dizer e escrever simples e puramente a regra e estas palavras, assim simplesmente e sem glosa as entendais e com santas obras as guardeis até o fim.
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40 E todo aquele que observar estas coisas, no céu seja repleto da bênção do altíssimo Pai e na terra seja repleto da bênção do seu dileto Filho com o Santíssimo Espírito Paráclito e todas as virtudes do céu e todos os santos.
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41 E eu, Frei Francisco, pequenino servo vosso, tanto quanto posso vos confirmo por dentro e por fora esta santíssima bênção.

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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Vida de São Francisco de Assis

 



SUA ORIGEM

São Francisco nasceu no ano de 1181 ou 1182, em Assis, na Itália. Ao ser batizado, ele recebeu da mãe o nome de João. Na Idade Média, o nome João ou Joana, por uma grande devoção a São João Batista, era muito popular. Havia também o costume de, às vezes, a pessoa trocar de nome e o nome de batismo ficar esquecido. Foi o que aconteceu com Francisco de Assis. Ele recebeu, no Batismo, o nome João. Porém, o seu pai, Pedro di Bernardone, por gostar muito da França, onde fazia bons negócios, comprando tecidos para vender em Assis, não estando presente na ocasião do seu Batismo, mudou o nome de João para Francisco, prevalecendo este nome. Coisa parecida aconteceu com o nome da mãe de São Francisco: nós a conhecemos pelo nome de Pica, mas é porque ela nasceu numa região da França chamada Picardia. O seu nome era Joana.

Francisco teve também um irmão, chamado Ângelo, de quem pouco se sabe.

FRANCISCO VAI À GUERRA

No ano de 1198, houve um conflito em Assis: a nobreza feudal, detentora do poder econômico e político, contra os comerciantes, classe emergente que lutava por seus direitos. O pai de Francisco fazia parte desta classe. .
O conflito foi assim: os comerciantes entraram em Assis, destruíram uma fortaleza, chamada Rocca Maggiori, símbolo do poder da nobreza feudal, e, com as pedras dela, fizeram uma muralha em torno de Assis.

Francisco certamente participou deste conflito, pois era filho de comerciante e já tinha 16 ou 17 anos. Na época, os rapazes eram considerados de maior idade aos 14 anos.

Os nobres se refugiaram em Perusa, cidade próxima de Assis. Entre as famílias nobres que para lá haviam ido, estava a de Clara, que, em 1198, tinha 4 ou 5 anos de idade. Clara ficou em Perusa até 1204.

A PERSONALIDADE DE FRANCISCO


Como vimos, Francisco participava dos eventos sociais da época. Não era alheio aos acontecimentos. De fato, participava das festas, gostava de usar roupas coloridas e alegres, era músico e poeta. Era uma espécie de "rei da juventude".

Também tinha um coração muito generoso: tratava bem os pobres e dava ricas esmolas. Tinha a coragem e a audácia do seu pai, próspero comerciante, e a fineza e cortesia da mãe, uma nobre francesa. Gostava de cantar na língua francesa, a língua do charme, na época.

Se, em 1198, os comerciantes de Assis se saíram bem no confronto com os senhores feudais e pensavam que o conflito acabara, enganavam-se. No ano de 1202, foi a vez da revanche: os comerciantes perderam a batalha, num lugar chamado Colestrada e Francisco ficou um ano preso em Perusa. Apesar disso, ele não perdeu a esportiva: sempre alegre, animava os colegas prisioneiros. Foi solto em 1203, quando o pai pagou uma fiança.

PRIMEIRO ENCONTRO COM O SENHOR

De volta a Assis, Francisco tentou retornar à vida que levara antes. Ele, que fazia parte de um grupo de jovens amigos chamado "Companhia do bastão", tentou voltar às festas, aos banquetes e a cantar pelas ruas de Assis.
Certa vez, após se banquetear com os amigos, ficou um pouco para trás, quando retornava para casa. Neste dia, o Senhor visitou o seu coração com admirável doçura. Os amigos perguntaram se ele estava pensando em se casar. Ele respondeu que sim, mas referindo-se à Dama Pobreza. A partir deste momento, começou a abandonar as coisas que antes tinha amado. Começou a dar esmolas mais abundantemente. Chamava os pobres para comer pão à sua mesa. Apesar de estar ainda "no mundo", se dedicava a dar esmolas, oferecendo até as suas roupas ricas e coloridas para os pobres. Aos poucos, Deus ia modelando o seu coração.

O ENCONTRO COM O LEPROSO

Como vimos, Francisco se dedicava a dar esmolas aos pobres. Só um pobre o assustava: o leproso. Os leprosos eram os irmãos mais pobres dentre os pobres. Tinham que viver fora dos muros da cidade. Fazia-se um ritual para eles quando eram excluídos do meio social: uma procissão, e, a partir daí, tinham que tocar uma sineta para alertar aos que se aproximavam deles. Era como "enterrar vivo". Os leprosos eram a "escória", a massa que sobrava dentro dos muros de Assis e que não podia ficar com os sãos. Um dos deveres do prefeito era mantê-los afastados dos sadios.

Francisco também tinha nojo deste tipo de pessoa. Ele lhe causava arrepio e ânsia de vômito. Porém, um dia houve uma coisa extraordinária: Francisco encontrou um leproso, andando pelas estradas fora de Assis, esporeou o cavalo para se afastar, mas, depois, caindo em si, voltou, deu-lhe esmola e um beijo. Depois disto, repetiu a obra por várias vezes.
Este acontecimento marcou tanto a vida dele que, dos muitos fatos ocorridos em sua vida, este foi o primeiro que entrou em seu Testamento, "pois o que antes era amargo se converteu em doçura da alma e do corpo".

ENCONTROS

Podemos dizer que o encontro de Francisco com o leproso foi o encontro dele com os crucificados históricos - e não imaginários - deste mundo. A partir deste encontro, ele intensificou, ainda mais, a assistência aos pobres.
Mas haveria muito mais encontros. Outro deles foi com o crucificado numa igrejinha em ruínas, cujo padroeiro era São Damião. Nela, Francisco recebeu do crucificado o mandato de restaurar a Igreja. Obediente ao mandato, Francisco pôs-se logo a trabalhar. Reconstruiu três pequenas igrejinhas abandonadas: a de São Damião, a de Santa Maria dos Anjos e a de São Pedro. Todas fora dos muros de Assis, da mesma forma que os leprosos também viviam fora dos muros. Pensando que o mandato do Senhor se referia somente à reconstrução da igreja de pedra, assim o fez.

Mas depois o Espírito Santo lhe revelou que se tratava, principalmente, da Igreja viva, formada pelas pessoas pelas quais o Senhor derramou o seu sangue. Esta revelação se deu através de um novo encontro: o do Evangelho do envio dos Apóstolos, lido em 1208, na Igreja de Santa Maria dos Anjos, na festa de São Matias, Apóstolo. Foi aí que o Senhor pedia para não levar bastão, túnica, etc. Após a explicação do sacerdote, Francisco disse com entusiasmo: "É isso que eu quero, isso que eu procuro, é isso que eu desejo fazer de todo o coração!" Com um novo mandato do Senhor - o de pregar o Evangelho -, vai lá Francisco, com todo o entusiasmo, e começa a reconstruir a Igreja formada por pessoas.

A PREGAÇÃO DO EVANGELHO E OS SEUS FRUTOS

São Francisco teve vários encontros em sua vida: com o leproso, com o crucificado em São Damião, com o Evangelho na Porciúncula. Também recebeu alguns mandatos do Senhor: o de restaurar a Igreja e o de pregar o Evangelho. Podemos dizer: restaurar a Igreja com a pregação do Evangelho.

Obediente ao mandato do Senhor de pregar o Evangelho, Francisco, entusiasmado, vai ao encontro dos homens. Pregava a penitência com grande fervor de espírito e com muita alegria. Sua pregação era em linguagem simples e com nobreza de coração. Palavra penetrante, que edificava os ouvintes. Na Regra dos Irmãos Menores, ele alerta: "nos sermões que fazem, seja a sua linguagem ponderada e piedosa, para a utilidade e edificação do povo, ao qual anunciem os vícios e as virtudes, o castigo e a glória, com brevidade, porque o Senhor, na terra, usou de palavra breve" (Regra Bulada 9,3-4).
Francisco pregava a penitência e a paz. Em suas pregações, iniciava dizendo: "O Senhor vos dê a paz!" Percorria as cidades e povoados pregando o Reino de Deus. E a pregação dele não tinha a eloqüência da sabedoria humana, mas se baseava na doutrina e na demonstração do Espírito.

Mais tarde, quando já tinha muitos companheiros, pedia para que os frades se entregassem a estudos espirituais, para transmitir ao povo palavras colhidas da boca do Senhor. O pregador deveria orar a Palavra em segredo, para depois transmiti-la. Deve esquentá-la por dentro, para não transmitir palavras frias.

Cumprindo o mandato do Senhor desta maneira, fez com que grandes multidões de homens e mulheres, ricos e pobres, entrassem novamente na regra e na conduta da Igreja. 

Desta forma, restaurou a Igreja de Jesus.




quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Hino a São Francisco

 


Hino a São Francisco de Assis
Cantado por Frei Marcelo Gonçalves, O.F.M. e Frei Carlos Antônio, O.F.M.
Música e Letra originais em italiano: Vincenzo Laganà Tradução e Adaptação para o Português: Frei Marcelo Gonçalves, O.F.M. e Frei Carlos Antônio, O.F.M. Na Ordem dos Frades Menores São Francisco é honrado como Pai, pois através do seu cuidado e intercessão de Pai podemos chegar a um caminho de perfeitíssima imitação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
São Francisco é considerado Alter Christus, expressão latina que significa outro cristo, pois tamanha foi a sua conformação a cristo que recebeu seus estigmas em sua própria carne, unindo-se fortemente às dores de sua paixão e seu zelo pela salvação das almas.
Ele também é chamado de Pai Seráfico, pois abrasou-se de tal forma do amor de Deus que se tornou um serafim, que arde de amor contemplando a face de Deus.




segunda-feira, 4 de novembro de 2024

A bênção de São Francisco ao seu querido amigo Frei Leão!


 

Benedicat tibi Dominus!
A bênção de São Francisco ao seu querido amigo Frei Leão!
Um dia, no Monte Alverne, Frei Leão se encontrava em um momento de grande aflição e pediu a Frei Francisco uma palavra sua. 
Frei Francisco escreveu esta bênção a próprio punho, Benedicat tibi Dominus, um dos únicos manuscritos de São Francisco. 
Frei Leão o guardou junto a seu hábito, em um pequeno bolso junto ao coração, e só foi encontrado pelos frades no momento de sua morte. 
Este pequeno manuscrito é hoje guardado no Sacro Convento de Assis, como uma verdadeira relíquia do amor fraterno que une os corações no Amor a Cristo.
Em 2015, ano de fundação da GSFA, o antigo coral cantou, pela primeira vez, essa oração na Santa Missa de Ação de Graças das festividades daquele ano. 
Após esse período, todos traziam consigo um imenso carinho por esta canção. Em 2016, foi novamente cantada pelo coral em duas Santas Missas das festividades e novamente na Santa Missa de Ação de Graças. 
Depois desses dois anos, o coral deixou de existir. Mas o carinho por esta canção ainda continua o mesmo. 
Tanto que ela é considerada o Hino da GSFA.
Tradução da bênção:
O Senhor te abençoe e te guarde,
Mostre a ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.
Volte para ti o seu olhar e te dê a paz.
Embaixo do escrito, Frei Leão acrescentou de próprio punho e com bela caligrafia em tinta vermelha: 
“O bem-aventurado Francisco escreveu de próprio punho esta bênção para mim, Frei Leão”.

Que esta bênção continue a trazer conforto espiritual aos nossos corações e a alegria de sermos irmãos no mesmo ideal. Cante, aumente o volume, e cante bem bonito no seu trabalho, na sua universidade e escola, e em latim!
Letra da música:
"Benedicat tibi Dominus et custodiat te,
ostendat faciem suam tibi et misereatur
tui convertat vultum suum ad te et det tibi pacem
Dominus benedicat frater Leo, te Benedicat, benedicat,
benedicat tibi Dominus et custodiat te."


domingo, 3 de novembro de 2024

Bênção dada a Frei Leão (São Francisco)

 


Tradução:
Bênção dada a Frei Leão (São Francisco)

O Senhor te abençoe e te guarde; mostre sua face para ti e tenha misericórdia de ti. 
Volte seu rosto para ti e te dê a paz 
O Senhor te abençoe, Frei Leão
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!!!

Apresento minha amiga
Larissa Barros - Benedicat


sexta-feira, 4 de outubro de 2024

A PERFEITA ALEGRIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

 


Frei Luis Carlos Susin Letra e Partitura acesse:


HINO DE LOUVOR A SÃO FRANCISCO DE ASSIS

ALEGRIA FRANCISCANA

“Estejam sempre alegres, rezem sem cessar. Deem graças em todas as circunstâncias, porque esta é a vontade de Deus a respeito de vocês em Jesus Cristo” (1 Tess 5,16-18).


    

Esta exortação do apóstolo Paulo aos irmãos de Tessalônica, chega até nós como um conselho do modo de proceder de todo o cristão. São Paulo nos convida a permanecer na alegria e esta não pode ser comparada ou confundida com a alegria efêmera e fútil a qual observamos em nossa sociedade. A alegria provocada pelo consumo exagerado de bebidas e drogas, embalada pela aquisição de bens materiais, que podemos denominar de uma “pseudo-alegria”, ou seja, uma falsa alegria, um momento passageiro de prazer onde muitas vezes custa e fere a alegria de muitas pessoas.

Para Francisco de Assis a mensagem de Paulo era tão profunda que ele acolheu e compreendeu intensamente e a transmitiu aos seus irmãos: “E guardem-se os irmãos de não se mostrarem em seu exterior como tristes e sombrios hipócritas. Mas antes comportem-se como gente que se alegra no Senhor, satisfeitos e amáveis como convém” (RnB 7,15). Por diversas vezes ele os orientou a não perderem a alegria que nos é presenteada pelo próprio Cristo.

Dava aos seus co-irmãos a garantia de que o remédio mais seguro contra as mil armadilhas ou astúcias do inimigo era a alegria espiritual. Costumava dizer: “O diabo exulta, acima de tudo, quando pode surrupiar ao servo de Deus a alegria do espírito.

Carrega um pó para jogar nos menores meandros da consciência, para sujar a candura da mente e a pureza da vida. Mas, quando os corações estão cheios de alegria espiritual, a serpente derrama a toa o seu veneno mortal” (2 Cel 125,2-4). São Francisco se esforçou muito para viver sempre no “júbilo do coração, conservando a unção do espírito e o óleo da alegria” (2 Cel 125,7). Em nossa sociedade é muito comum o pensamento de que somente nos momentos de prazer, euforia, nos momentos positivos e de bem estar e que a alegria se faz presente. Francisco de Assis fez a profunda experiência da gratuidade do amor de Deus, de sua benevolência e foi capaz de perceber a face escondida de nosso Deus em todas as suas criaturas e isto o fazia rejubilar de alegria.

Francisco contemplava em todas as criaturas a bondade, a sabedoria e o poder de Deus (2 Cel 165). Ele enxergava nas criaturas os vestígios de Deus, sua marca, sua beleza, sua luz e sua força. Foi de sua íntima união com Deus na oração/contemplação, na escuta da Palavra e na vivência fraterna que ele mergulhou no sentido íntimo da alegria cristã de pertencermos ao Senhor: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, o povo que ele escolheu por sua herança” (Sl 33,12).

A alegria cristã e franciscana não se limita aos momentos de prazer, ela deve ser constante e intensa. “Alegrai-vos no Senhor” (Fl 3,1). A exortação de São Paulo “Abençoem os que vos perseguem; abençoem e não amaldiçoem. Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram. Vivam em harmonia uns com os outros” (Rm 12,14-16), comporta um compromisso com o próximo e, portanto se faz também presente nos momentos de dor e de tribulação. Daí percebemos a grande diferença entre a alegria anunciada pela sociedade, pelo mundo (pseudo-alegria) da verdadeira alegria, daqueles qu colocam a sua esperança e confiança em Deus. É somente nele apoiados que temos forças para enfrentar as dificuldades e serenidade para perceber a presença amorosa e paterna de Deus a nos conduzir e fortalecer mesmo enfrentando as dificuldades da vida.

Ser anunciador de alegria num mundo governado por sistemas que pregam e lucram com o prazer a qualquer preço, marcado por competições, individualismos e por tantas diferenças sociais, somos mais que desafiados a encontrar o rosto pobre, humilde e crucificado de Cristo presente em cada irmão (ã), principalmente nos mais esquecidos de nossa sociedade.

A cruz nos é apresentada como contrária á alegria e não como um caminho, um meio como foi parra o próprio Jesus Cristo. Quando se fala de cruz, muitas pessoas a reduzem a um mero objeto. Mas quando falamos da cruz, incluímos necessariamente o Crucificado. Por isso, o seguimento de Jesus e o compromisso cristão se identificam com o “tomar a cruz” (Mt 10,38). Esta afirmação de Jesus não é resignada, nem passiva, mas consciente e dinâmica. Tomar a cruz significa caminhar para transformá-la.

Não basta, porém, somente carregar a cruz. A novidade cristã é carregá-la com Cristo. “Carregar a cruz”, contudo, não representa uma aceitação estóica, mas atitude daquele que leva o compromisso até as últimas conseqüências. “Tendo amado os seus, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Essa cruz carregada por amor transforma o sofrimento. É a opção positiva de homens e mulheres de fé, que acreditam e podem realizar, quer dizer: o que chamamos cruz é a conseqüência de uma opção de vida, pela vida do outro, muitas vezes explorado, marginalizado, perseguido e morto.

Todo o cristão é convidado a fazer a descoberta da “verdadeira alegria”, que não pode ser confundida como uma mera satisfação pessoal, de gosto particular. Mas, a verdadeira alegria, por mais estanho que pareça, tem a forma de cruz e a cruz que nasce do amor que se sacrifica para o bem e a felicidade dos outros. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15,13).

São Francisco fez uma forte experiência de encontrar alegria até mesmo no sofrimento causado por outras pessoas, ele aprendeu do apóstolo Paulo: “Quanto a mim, que eu me glorie (alegre), a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Cf. Gal 6,14). Compreendemos melhor isso quando lendo a perfeita alegria, descrita em Fioretti 8, num diálogo amigo e fraterno Francisco explica ao seu confrade Frei Leão o que é a perfeita alegria. Percebemos a grande espiritualidade brotada da experiência de Cristo que Francisco fez. Essa lição, esse legado ele deixou para todos nós.

“Certa vez, indo Francisco com Frei Leão de Perúgia a Santa Maria dos Anjos, em dia frio e chuvoso de inverno, Francisco perguntou ao seu companheiro e irmão em que consistia para ele, sentir a perfeita alegria. Seria então dar exemplo de santidade e de boa edificação, curar os cegos, endireitar o encurvado, expulsar os demônios, restituir aos surdos o ouvido, aos coxos o andar e aos mudos a fala, ressuscitar os mortos, saber falar todas as línguas e ter o conhecimento de todas as ciências, e de todas as Escrituras? Nisto, com certeza, não consistia a verdadeira alegria. Porém, continuou Francisco: "Mas se ao chegarmos à Santa Maria cheios de frio e de fome e muitos cansados e se batêssemos à porta e fôssemos mandados embora, insultados e nós não nos perturbássemos com a injúria recebida e nos mantivéssemos alegres, pacientes e cheios de amor, nisso sim consiste a verdadeira alegria. E se continuássemos batendo e o porteiro nos maltratasse e nos batesse, se suportarmos tantos males, tantas injúrias e açoites, pensando que devemos carregar as penas do Cristo bendito, aí está a perfeita alegria”.

A perfeita alegria não é masoquismo, mas consiste na serenidade em todos os momentos da vida, inclusive nos sofrimentos e saber tirar dos momentos de dor uma lição de vida para o crescimento pessoal e para a vida de fé. Mas, para se chegar a perfeita alegria é preciso lutar contra o egoísmo, o orgulho. Quem vive somente para realizar seus projetos e sonhos pessoais sem se importar com os dos outros, com a vida do próximo, do irmão, não poderá experimentar a verdadeira alegria, que é servir e amar. “Deus ama quem dá com alegria” (2 Cor 9,7). E mais ainda: “Quem quiser ser o primeiro seja o último e seja aquele que serve a todos” (Mc 9,35). A perfeita alegria é um dom de Deus, proveniente da nossa união com Ele. É esta a única forma de chegarmos á perfeição da caridade e a perfeita alegria.

O Papa João Paulo II afirmava: “O homem de hoje necessita da fé, da esperança e da caridade de Francisco, necessita da alegria que brota da pobreza de espírito, isto é de uma liberdade interior” (11/02/03). Então caríssimos irmãos e irmãs, “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 3,1). Que a alegria que é uma virtude e marca distintiva da vida cristã e franciscana seja constante em nossas vidas. Acolhamos o conselho sábio de São Paulo “Fiquem sempre alegres no Senhor! Repito: fiquem alegres! Que a bondade de vocês seja notada por todos” (Fl 4,4-5).


BENÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

 

Pai do Céu, Vós nunca rejeitais aqueles que buscam Vossa ajuda e conforto, estais sempre pronto para nos socorrer. Através da intercessão de São Francisco e em nome de Cristo, eu imploro Vossa piedade, socorrei-me em minhas necessidades,aliviai-me de todas as minhas aflições. Amém..

A PERFEITA ALEGRIA

 



Esta canção narra uma história que São Francisco contou ao frei Leão, para mostrar onde se encontra a verdadeira e perfeita alegria. E se encontra nos escritos de São Francisco.


Evangelio viviente (Cancion a San Francisco de Asís)- Evangelho vivo

 



Seja humilde uma testemunha, Perfume vai falar em seu nome. O melhor sermão é você.


Un giorno uscendo dal convento, San Francesco incontrò frate Ginepro. Era un frate semplice e buono e San Francesco gli voleva molto bene. Incontrandolo gli disse: «frate Ginepro, vieni andiamo a predicare».
.
«padre mio» rispose, «sai che ho poca istruzione, come potrei parlare alla gente? »
Ma poiché San Francesco insisteva, frate Ginepro acconsentì. Girarono per tutta la città, pregando in silenzio per tutti coloro che lavoravano nelle botteghe e negli orti. Sorrisero ai bambini, specialmente a quelli più poveri. Scambiarono qualche parola con i più anziani, confortarono gli ammalati, aiutarono una donna a portare un pesante recipiente pieno d’acqua.
Dopo aver attraversato più volte tutta la città, San Francesco disse: «frate Ginepro, è ora di tornare al convento». «E la nostra predica? ».
«L’abbiamo fatta...» rispose sorridendo il santo.

........se il tuo cuore emana profumo,

non hai bisogno di raccontarlo a tutti per vanagloria,
sii umile testimone,
il profumo parlerà in tua vece.
La predica migliore sei tu.

✅Tradução: 


Um dia, ao sair do convento, São Francisco conheceu o Irmão Ginepro. Era um frade simples e bom e São Francisco o amava muito. Encontrando-o, ele disse: “Irmão Ginepro, venha, vamos pregar”.
.
“Meu pai”, respondeu ele, “você sabe que tenho pouca escolaridade, como poderia falar com as pessoas? »
.
Mas como São Francisco insistiu, o Irmão Ginepro concordou. Percorreram a cidade, rezando silenciosamente por todos aqueles que trabalhavam nas lojas e nos jardins. Sorriram para as crianças, especialmente para as mais pobres. Trocaram algumas palavras com os mais velhos, consolaram os doentes, ajudaram uma mulher a carregar um pesado recipiente cheio de água.

Depois de atravessar várias vezes a cidade inteira, São Francisco disse: “Irmão Ginepro, é hora de voltar ao convento”. 
«E o nosso sermão? ».
“Conseguimos...” respondeu o santo, sorrindo.

.......se seu coração exala perfume,
você não precisa contar a todos por vanglória,
seja uma testemunha humilde,
o perfume falará por você.
Você é o melhor pregador.

Fonte: Lorenza Marino

Especial de São Francisco com os Canarinhos de Petrópolis- Gravado em 04 de outubro de 2020

 


Concerto em comemoração a Festa de São Francisco de Assis, com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis e das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis.

Gravado em 04 de outubro de 2020

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

NOVENA A SÃO FRANCISCO DE ASSIS: Reze e medite




Novena a São Francisco de Assis

– Fazer o sinal da cruz;
– Rezar a oração para todos os dias;
– Rezar a oração de cada dia;
– Rezar 3 Pai-Nossos, 3 Ave-Marias, 3 Glórias ao Pai;
– Meditar e comentar um texto do Novo Testamento (ver sugestões);
– Rezar a oração e bênção de São Francisco.

Oração para todos os dias

Absolvei, Senhor, eu Vos suplico, o meu espírito, e pela suave e ardente força de Vosso amor, desfeiçoai-me de todas as coisas que existem debaixo do céu, a fim de que eu possa morrer por Vosso amor, ó Deus, que por meu amor Vos dignastes morrer.

Oração de São Francisco
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Bênção de São Francisco

O Senhor vos abençoe e vos guarde.
O Senhor vos mostre a Sua face e se compadeça de vós.
Amém.

O Senhor volva Seu rosto para vós e vos dê a paz.
O Senhor vos abençoe.
Amém.

Que o Senhor Deus, pelos méritos de São Francisco,
vos conceda toda a paz e todo o bem.
Amém.

Primeiro dia

Meu amigo e protetor São Francisco, em vossa juventude, cantáveis alegremente pelas ruas de Assis, participando das boas alegrias dos jovens de vossa idade e fazendo grande projetos de conquistas e aventuras, ensinai-me a encontrar a alegria que vem de Deus e fazer-me nela viver continuamente.

Afastai de mim toda a tristeza que me torna fechado ao próximo.

Que a minha alegria e o meu espírito comunicativo deem testemunho da alegre presença de Deus em minha vida.
Sugestão: Jo 6,41-51.

Segundo dia


Meu amigo e protetor São Francisco, o encontro com um leproso, a quem fostes beijar e a quem destes generosa esmola, num gesto de autossuperação, marcou o começo de vossa conversão e da vida maravilhosa, que, a partir de então, iniciastes, causando admiração ao mundo inteiro. Pelo vosso espírito de renúncia e penitência, ensinai-me a vencer as paixões e más inclinações, canalizando essas energias para o caminho do bem, a fim de que alcance minha plena realização humana, na perfeição a que Deus me chamou.
Sugestão: Rm 8,18-22.

Terceiro dia


Grande patriarca Francisco, conta-se que, na igrejinha de São Damião, enquanto estáveis em oração, o crucifixo vos falou: “Francisco, vai e restaura a minha Igreja”. Foi uma ordem profética. Com vosso exemplo e com os numerosos seguidores que tivestes ainda em vida, nova aurora despertou para a Igreja. Pelo amor que tivestes à Igreja de Cristo, ensinai-me a ser-lhe fiel, vivendo em união com ele, apoiando-a por palavras e pelo testemunho da Igreja, levando uma vida de verdadeiro cristão.
Sugestão: 1Cor 12,31;13,4-13.

Quarto dia


Ó São Francisco, vós vos tornastes um apaixonado do amor de Cristo e saístes pelo mundo a lamentar que “o Amor não é amado”, e vos apresentastes aos homens como o “Amante do Grande Rei”. Livrai-me da indiferença e comunicai-me vosso entusiasmo para que aprenda a amar a Nosso Senhor e saiba encontrá-Lo na natureza e nos acontecimentos de cada dia.
Sugestão: Mc 16,1-8 ou Mt 28,1-10.

Quinto dia

São Francisco, enviastes vossos primeiros discípulos pelo mundo inteiro, a fim de que apregoassem a Boa Nova do Reino de Deus. Alcançai-me do Senhor o espírito apostólico e o zelo missionário, para que me interesse por Sua obra e procure colaborar com a Igreja, a fim de que o Reino de Cristo se estabeleça na Terra.
Sugestão: Mc 9,33-41.

Sexto dia

São Francisco, na contemplação e meditação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, encontrastes vigorosa motivação para vos entregardes a Deus numa vida desprovida de conforto e segurança. Submetestes vosso corpo a rudes penitências para experimentar uma parte dos padecimentos que Cristo enfrentou por amor de nós. A lembrança da Paixão do Senhor vos arrancava sentidas lágrimas de arrependimento e de gratidão. 
De vós quero aprender a grande lição do Crucificado: que, no sofrimento aceito livremente e por amor, atingimos nossa purificação.

Ensinai-me a aceitar os males e contrariedades que não posso evitar, para, por meio deles, expiar, com Jesus, os males que o pecado inflige ao mundo.
Sugestão: Mc 9,25-30 ou Rm 8,9-13.

Sétimo dia

São Francisco, fostes chamado “o Pobrezinho de Assis”. 
Abandonastes os bens e o conforto do mundo e vivestes na maior pobreza para mais perfeitamente imitar a Jesus, que nasceu pobre em Belém e na cruz foi despojado de tudo. Ajudai-me a superar o fascínio e os atrativos que os bens da terra exercem sobre mim. Que saiba repartir do que é meu com os mais necessitados, e assim mereça gozar da liberdade dos filhos de Deus.
Sugestão: Jo 19,31-37 ou Ef 3,8-12.14-19.

Oitavo dia

São Francisco, fostes o grande amigo da natureza. 
No Cântico do Sol, convidastes a todas as criaturas para cantarem louvores a Deus. Para vós, a natureza era o livro aberto onde se leem a bondade e a beleza de Deus, que tudo criou com amor de Pai. Fazei que, para mim, as criaturas não sejam pedras de tropeço, mas degraus que me levem para junto do Criador. 
Dai-me a graça de não me prender exageradamente às criaturas nem a mim mesmo. E que, de coração livre, possa levantar voo para as alturas do amor de Deus.
Sugestão: Jo 14,1-12 ou 1Pd 2,4-10.


Nono dia

Meu grande São Francisco, apesar da ingratidão dos homens que se fecham ao amor de Deus, soubestes viver em contínua alegria. Estáveis consciente de que o amor do Pai nos predestinou à felicidade do céu. Tão grande foi vosso amor a Cristo, vossa identificação com o Amado atingiu incomparável perfeição. Ensinai-me a encarar a vida com seriedade e alegria. Quero assumir com amor e alegria as responsabilidades que ele me impõe. Que seja compreensivo e alegre no relacionamento com o próximo. Que não esqueça minha 
vocação de filho de Deus chamado para servir. Fazei que, a vosso exemplo, eu me deixe arrastar pelo amor de Cristo, caminhando decidido e alegre ao seu encontro todos os dias da vida.
Sugestão: Mt 15,21-28 ou Rm 16,25-27.

Fonte: Canção Nova.