"Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz"
São Francisco de Assis

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sábado, 17 de maio de 2025

A entidade franciscana à serviço dos pobres há 22 anos

 



Ação social franciscana leva esperança a quem mais precisa

O Serviço Franciscano de Solidariedade (SEFRAS), da Igreja de São Francisco, no centro de São Paulo, combate a fome e a violação dos direitos há 22 anos. Entre muitos projetos que o serviço realiza, o mais antigo é o “Chá do Padre”, que atende, atualmente, quatro mil pessoas por dia, na Rua Riachuelo, no centro da capital paulista. Cerca de duas mil refeições são oferecidas diariamente à população em situação de rua, aos desempregados e migrantes.

Para Frei Marx Rodrigues, diretor secretário do SEFRAS e responsável pela frente de solidariedade, conta como o serviço tornou-se sinal de esperança para os irmãos necessitados: 
“Temos um lado em nós inquieto, enquanto o sofrimento está lá. Existe um pedaço de uma mãe que dói ao ver uma criança na rua, existe uma parte de uma cozinheira que dói ao saber que aquela pessoa não terá o que comer amanhã. 

A capacidade de abraçar esses povos não só os humaniza, como humaniza a nós mesmos. Porque cada cristão tem um pouco de esperança e bondade que precisam ser cultivadas para brotar, e isso pode ser concretizado com gestos como o do Chá do Padre. 
Daí me vem a passagem em que Jesus diz: “Se vos amardes uns aos outros, todos reconhecerão que sois meus discípulos!”.

Serviço franciscano


SEFRAS conta com 17 atividades que atendem público variado: crianças e adolescentes, imigrantes e refugiados, população de rua, idosos e pessoas acometidas de hanseníase. Há também uma ação em combate ao trabalho análogo à escravidão e a proteção de pessoas que estão em território de vulnerabilidade social.

O “Chá do Padre” começou com o desejo de matar a fome do povo de rua e, para não dar somente pão, passou-se a dar chá e foi daí que surgiu o nome. Atualmente o Chá é um serviço de portas abertas, que passou a ser um Centro de Convivência. 
As pessoas que chegam lá podem interagir com seu semelhante e receber as refeições que são oferecidas: almoço, lanche e jantar, e no tempo frio são acolhidas para passarem a noite no local. “Oferecemos banho, produtos de higiene também. Atendimento de saúde em parceria com o hospital da rua, apoio psicológico e também preparamos a pessoas para a procura de emprego. Há de se pensar que é preciso sair de si para ir ao encontro do outro. O mundo hoje necessita de apelos humanitários, apelos cristãos, e é preciso cultivar, celebrar, manter no coração a nossa necessidade de ir ao encontro de quem precisa”, reforçou Frei Marx em entrevista à Rede Imaculada de Comunicação.

Fonte: 




quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Faça parte do Pró-Vocações e Missões Franciscanas

 







Criado em 1986, o Pró-Vocações e Missões Franciscanas tem a missão de divulgar o carisma e a espiritualidade franciscana, arrecadar recursos para a os seminários, a missão em Angola e a formação dos frades estudantes. 

Precisamos do seu apoio para dar continuidade aos nossos projetos! 
Seja você também um benfeitor franciscano. 

Para doar, acesse nossa campanha emergencial: franciscanos.org.br/doacao




sábado, 6 de abril de 2024

A "imunidade" franciscana!

 


A "imunidade" franciscana!

O Papa recebeu hoje os Frades Menores provenientes da Província da região italiana da Toscana e do Santuário de La Verna, local onde São Francisco de Assis recebeu os estigmas.

Esta audiência marca as celebrações do oitavo centenário do dom dos estigmas, que São Francisco recebeu em 14 de setembro de 1224, dois anos antes de sua morte.

Em seu discurso, o Papa ressaltou a importância deste símbolo da conformação ao "Cristo pobre e crucificado". E ao falar especificamente sobre os estigmas, definiu-os como um dos sinais mais eloquentes concedidos pelo Senhor ao longo dos séculos:
“Os estigmas nos recordam a dor sofrida por nosso amor e salvação por Jesus em sua carne, mas são também um sinal da vitória pascal.”

A exemplo do santo de Assis, todo cristão é chamado a ir ao encontro dos "estigmatizados" pelas dores da vida:
"Um discípulo de Jesus encontra no estigmatizado São Francisco um espelho de sua identidade. É por isso que o cristão é chamado a se dirigir de maneira especial aos ‘estigmatizados’ que encontra: os ‘marcados’ pela vida, que carregam as cicatrizes do sofrimento e da injustiça sofrida ou dos erros cometidos.”

O Pontífice elogiou a reputação dos franciscanos como bons confessores, incentivando-os a seguirem perseverantes no sacramento da reconciliação:
“Vocês são bons confessores: os franciscanos têm fama disso. Perdoem tudo. Perdoem sempre. Deus não se cansa de perdoar: nós é que nos cansamos de pedir perdão.”

Outra reputação dos franciscanos é de serem estimados inclusive em ambientes anticlericais. E contou uma curiosidade da sua terra natal, a Argentina:

"Penso na minha pátria: existem anticleriais que, quando chega um padre, batem na madeira, porque traz azar, mas nunca, nunca se faz isso com o hábito franciscano! É curioso. Jamais se insulta um franciscano. O motivo não se sabe. Mas o hábito de vocês remete a São Francisco e às graças recebidas. Continuem assim, e não importa se debaixo do hábito há o jeans, não tem problema, avante!"



segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

A vida do franciscano não é fácil!

 



A vida do crente... não é fácil! E a vida do franciscano também! Pois antes de tudo o franciscano é alguém que crê em Deus. 
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Mas, é bom reconhecer que nem sempre aquilo que é bom, é fácil de ser feito. Exige de nós, muitas vezes, coragem e ousadia! 
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Por isso, acompanhe como é difícil ser franciscano em nossos tempos, porém, necessário!




terça-feira, 24 de janeiro de 2023

AMAR A VIDA

 



Este clipe, foi elaborado pelos frades capuchinhos do Rio Grande do Sul, e contém a musica do frades capuchinhos do Paraná, e cenas dos filmes Clara e Francisco e Padre Pio. 
PAZ E BEM.



quarta-feira, 5 de outubro de 2022

05/10 -SÃO BENEDITO



SÃO BENEDITO, O NEGRO, RELIGIOSO, DA ORDEM I
Benedito, cognominado o mouro – ou o “Negro”, como é conhecido no Brasil – nasceu na Sicília. De pais escravos, vindos da Etiópia para San Fratello, na Sicília, vendeu seus bens e fez-se eremita franciscano nas vizinhanças de Palermo.
Mais tarde, atendendo a um decreto de Pio IV, obrigando a todos os seguissem a Regra de São Francisco a viverem em conventos de sua Ordem, Benedito obedeceu.
No convento, dedicou-se a trabalhos humildes. Chegou a exercer o oficio de Superior, mesmo não sendo sacerdote e, mais tarde, vemo-lo novamente trabalhando na cozinha.
Morreu no ano de 1589. Seu culto cedo se espalhou pela Itália, Espanha, Portugal, Brasil e México. Pio VIII inscreveu-o solenemente no rol dos santos.

São Benedito, filho de escravos, que encontrastes a verdadeira liberdade servindo a Deus e aos irmãos, independente de raça e de cor, livrai-me de toda a escravidão, venha ela dos homens ou dos vícios, e ajudai-me a desalojar de meu coração toda a segregação e a reconhecer todos os homens por meus irmãos. São Benedito, amigo de Deus e dos homens, concedei-me a graça que vos peço do coração. 

Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.
São Benedito rogai por nós !

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

HISTÓRICO E SUBDIVISÃO DOS FRANCISCANOS

Breve histórico e subdivisão dos franciscanos

A Ordem São Francisco teve início em 1209 quando, convertido, estabeleceu para si próprio vida de intensa vivência do Evangelho, em austera mortificação, penitência e pobreza. A ele, juntaram-se 12 companheiros, com quem estabeleceu as regras iniciais. Nesta mesma época, animada e decidida a seguir seu exemplo, Santa Clara de Assis, foi por São Francisco orientada a ingressar no mosteiro beneditino de Assis e, posteriormente foi convidada a fundar uma congregação feminina, destinada a irmãs religiosas de vida monástica contemplativa. Em curtíssimo espaço de tempo, o clima pela devoção e piedade contagiou todos os segmentos da sociedade. Os leigos e mesmo pessoas casadas, movidos pela espírito franciscano, ardentemente desejavam abandonar-se à Deus, de forma que São Francisco acabou fundando também a Ordem Franciscana Secular, destinadas aos casados, leigos ou pessoas solteiras.

O Papa Inocênio III, já em 1209, havia aprovado a Ordem verbalmente, mas foi em 1221 que a regra franciscana recebeu aprovação canônica, firmada pelo Papa Honório III, cuja regra permanece em vigor até os dias atuais. No decorrer do tempo, a estrutura da congregação dividiu-se em diversas ramificações, canonicamente estudadas e aprovadas, de forma que a Ordem Franciscana hoje, divide-se assim:

Primeira Ordem, composta por:
1.Ordem dos Frades Menores, ou observantes (O.F.M.)
2.Ordem dos Frades Menores Conventuais (O.F.M.conv)
3.Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (O.F.M.cap)

Segunda Ordem, composta por:
1. Ordem das Irmãs Clarissas
2. Ordem das Irmãs Concepcionistas
3. Ordem das Irmãs Capuchinhas

(Todas contemplativas enclausuradas, seguidoras de Santa Clara/ São Francisco de Assis)

Terceira Ordem, composta por:
1. Terceira Ordem Regular (T.O.R.)
2. Terceira Ordem Secular, ou Ordem Franciscana Secular (O.F.S)
Existem diversos outros ramos da Ordem Terceira de São Francisco, das quais destacam-se a Fraternidade Sacerdotal Franciscana Secular (FSFS), Pequena Família Franciscana (PFF) e Juventude Franciscana (JUFRA).
A PRIMEIRA ORDEM
No início, os “penitentes de Assis”, como os primeiros frades se chamavam a si mesmos, foram pregadores nômades. No ano 1209/1210, levaram um documento a Roma onde tinham escrito várias palavras da Bíblia, escolhidas por eles para que fossem normativas para sua forma de vida. Também estavam incluídas algumas poucas prescrições para regular a vida comum, que os separava do “movimento de penitentes” em geral.

Assim, começaram uma história própria, como fraternidade franciscana. Essa primeira forma de vida, aprovada oralmente pelo Papa, foi atualizada de ano em ano. Em 1221, conhecida sob o nome “Regula non bullata” (RegNB), tornou-se tão volumosa que foi preciso preparar uma nova redação. Esta nova versão foi aprovada por uma bula papal em 1223 (= Regula bullata), abreviada pela sigla (RegB), que continua válida até hoje. Portanto, pode-se dizer que a fraternidade inicial tornou-se a Ordem dos Frades Menores no ano 1223 (cf. Mt 18 1-4).

É importante, porém, notar que a pessoa de Francisco continua sendo a força modelar (a “forma minorum”) apesar e além da Regra. Ele é o “irmão por excelência” que encarna o ideal comum (cf. Jordão de Giano 17).

Atualmente, a fraternidade OFM vive uma grande tensão entre duas interpretações dos seus ideias fundamentais: de um lado, procuram uma vida bastante desprovida, fazendo trabalhos assalariados pesados, praticando a mendicância quando for necessário e dedicando-se à pregação; e do outro lado, levam uma vida de oração/contemplação e cultivam o convívio com as pessoas de fora por meio de um relacionamento fraterno ou até mesmo maternal. Essa tensão – que em Francisco se encontrava ainda unificada – levou no decorrer da história a muitos movimentos de reforma que até hoje continuam surgindo. Fundamentalmente, trata-se de duas orientações diferentes, porém, inter-ligadas.

Atenção a Deus pela oração e contemplação
Fazem parte desta atitude a pobreza radical, o despojamento absoluto de qualquer posse. Procura-se viver as mesmas condições sociais que as sofridas por todos os seres humanos acabrunhados pela pobreza. Assim, a pobreza voluntária se torna solidariedade modelar.

Doação aos homens e ao mundo em solidariedade vivida
Ligada esta segunda atitude é a proximidade a todas as pessoas humanas indistintamente, a vida nas cidades, a cura de almas, a assistência social, etc, permitindo, inclusive, o uso e a posse de recursos materiais necessários para exercer atividades apostólicas.

A história da Ordem dos Frades Menores pode ser caracterizada por um ininterrupto movimento pendular, acentuando ora um pólo, ora o pólo oposto.
As novas tentativas entraram na história da Ordem sob vários títulos: Espirituais, Bernardinos, Descalços, Alcantarinos, Recoletos e muitos outros mais. Foi desta história, cheia de tensões, que nasceram os três ramos da Primeira Ordem ainda hoje existentes.

Pois, em 1517, o então Papa Leão X queria criar condições claras; por isso, a única Ordem existente naquela época, que tinha um único Ministro Geral, foi por ele dividida em duas Ordens independentes, seguidas pouco tempo depois por mais uma terceira. O Papa, porém, estava equivocada: o movimento pendular voltou a funcionar, fazendo surgir ainda outros agrupamentos. O Papa Leão XIII voltou a uni-los numa única entidade.
Hoje, encontramos três Ordens masculinas, independentes e autônomas que – todas as três – reconhecem Francisco como seu fundador, obedecendo à sua Regra de 1223:

OFM (=Ordem dos Frades Menores)
Entre as três, essa Ordem têm o maior número de membros. Normalmente é chamada pelo povo simplesmente de “Ordem dos Franciscanos”, ou Franciscanos, ou ainda, Observantes, Bernardinos etc. Em 1517, se deu a separação da Ordem dos Conventuais. A reorganização subseqüente da OFM foi novamente introduzida pelo Papa Leão XIII (União Leonina).

OFM Conv(Ordem dos Frades Menores Conventuais)
Numericamente, esta Ordem é a menor das três. Também é conhecida sob outros nomes, p.ex.: Minoritas etc.

OFMCap(Ordem dos Frades Menores Capuchinhos)
Nos anos 1521-1528, surgiu a partir da OFM, num processo muito doloroso, a comunidade dos Capuchinhos, originalmente concebida como uma comunidade puramente contemplativa. O seu nome é derivado de um longo e pontudo capuz, usado pelos seus membros. Não demorou muito que também esse grupo começasse a intervir na vida pública, e até mesmo na política.
Novas iniciativas, cisões e dissidências nas três Ordens comprovam que o movimento pendular continua até hoje de modo ininterrupto.

Falta mencionar que esta história de reformas teve suas conseqüências para as comunidades femininas e para a Ordem Terceira também. A agregação a um ou outro desses movimentos foi chamada “obediência”. A Ordem Terceira, porém, foi se distanciando nos últimos anos da “obediência” a uma das outras Ordens, procurando sua independência. Isto não toca ou diminui, porém, a união e a assistência espirituais.

A SEGUNDA ORDEM
Em 1263, o Papa Urbano IV determinou que as “Damas Pobres de São Damião”, quer dizer, todas as Irmãs que – de forma mais ou menos pronunciada – estavam ligadas a Clara, deveriam ser chamadas de “Clarissas”.

Esse nome homogêneo esconde, porém, a história muito complexa desta Ordem. Francisco tinha legado uma Regra a Clara, quando ela resolveu segui-lo. Na época, porém, não foi possível por vários motivos que Clara assumisse um estilo de vida realmente parecido com o de Francisco. Por exemplo, era fora de questão para ela viver uma vida de pregador nômade. De outro lado, ela deu muita importância à questão da pobreza.
Pelo menos, Clara conseguiu em 1216 o assumi chamado “privilégio de pobreza”, que ela sempre fez re-aprovar pelos papas seguintes. A vida das Clarissas assemelhava-se mais ou menos à vida levada pelos eremitas (cf. RegEr). Inequivocadamente, o acento estava sobre a dedicação a Deus pela oração, pelo culto e pela contemplação.

O Cardeal Hugolino, porém, achava a base jurídica e espiritual desta comunidade de mulheres de São Damião absolutamente insuficiente. Além disso, constatou que outras comunidades parecidas estavam surgindo em muitas cidades italianas.

Então, ele fundou a “Ordem das Damas Pobres de São Damião”, reunindo sob esse título também outras comunidades femininas que haviam surgido espontaneamente, sem se referir explicitamente a Francisco e Clara. O Papa colocou a Ordem sobre um fundamento monástico no sentido beneditino e escreveu uma nova Regra para ela (1218-1220). O pensamento central desta Regra é a clausura absoluta. Mais do que a metade da Regra se ocupa com a questão da clausura que é fixada nos seus mínimos detalhes.

É para se admirar que Clara – apesar desta Regra tão pouco franciscana – conseguisse levar uma vida mística muito profunda. Fica a impressão de que ela seguiu essa Regra, que lhe foi imposta, somente “pro forma”. Ademais, em 1234, Clara entrou em contato com Santa Inês de Praga, que estava batalhando para conseguir um fundamento franciscano para a Segunda Ordem. O Papa Gregório IX, antigamente Cardeal Hugolino, não quis atendê-la; chamava a Regra das Irmãs, escrita por Francisco, “um alimento para crianças de peito”, absolutamente insuficiente para mulheres adultas.

Somente o seguinte Papa Inocêncio IV cedeu um pouco, ao escrever mais uma nova Regra para Clara. Mas também este Papa se enganou: como tentasse impor aos conventos a obrigação de aceitar dotes e propriedades, suscitou uma resistência resoluta da parte de Clara. Ela começou a escrever sua própria Regra, assemelhando-a à Regra dos Frades Menores de 1223, reforçando assim a unidade espiritual entre a Primeira e a Segunda Ordem. Guardava, porém, a forma de vida contemplativa, seguindo – neste ponto – em parte, as prescrições da Regra de Hugolino e adaptando-as ao espírito franciscano que é mais livre neste aspecto.

Na parte central de sua Regra, Clara descreve sua própria experiência espiritual que a conduziu a aliar-se a Francisco num espírito de fraternidade e pobreza absoluta. Isto foi absolutamente fora do comum. Constatou-se que Clara frisou mais do que o próprio Francisco – que é considerado “o irmão por excelência” – o caráter democrático da convivência conventual.

Pouco antes de sua morte, a Regra recebeu a aprovação da Igreja. São poucos, porém, os mosteiros que receberam autorização de seguir essa Regra. Foi o Papa Urbano IV quem determinou que todos os membros da Ordem das “Damas Pobres de São Damião” usassem – indistintamente – o nome de “Clarissas”, pois na época da morte de Clara já havia aproximadamente 150 comunidades que se declararam seguidoras da Santa.

Por sua vez, o mesmo Papa Urbano IV também fez questão de escrever mais uma Regra nova para as Clarissas. Essa Regra urbaniana ignora completamente a espiritualidade de Clara. Foi bem tarde que chegou a hora certa para a aplicação da Regra escrita por Clara: hoje em dia, a maioria dos mosteiros segue a sua Regra.

Falta ainda mencionar que os empenhos de reforma da Primeira Ordem também tinham conseqüências para as Clarissas. Em primeiro lugar, é preciso lembrar Santa Coletta de Corbie (+ 1447). Nos seus esforços para renovar a Ordem franciscana, teve sucesso até nos conventos masculinos. O seu movimento continua até hoje entre as Clarissas.

As duas formas de vida das Clarissas:
As Damianitas
Elas se baseiam na Regra de Santa Clara (1253). Atualmente, a maioria dos mosteiros segue essa Regra.
As Urbanitas
Cerca de 80 mosteiros de Clarissas adotaram a Regra de Papa Urbano IV (1263). Atrás destas denominações se esconde a realidade de uma unificação apenas relativa. No fundo, cada mosteiro continua autônomo. Mosteiros que têm aspectos em comum se juntam em federações bastante desarticuladas. A importância dos movimentos de reforma e das “obediências” continua ininterrupta. Estão até surgindo novas formas de vida, p.ex., Clarissas que – além da Regra de Clara – obedecem também à “Regra para os Eremitérios”.

TERCEIRA ORDEM
Fazendo do Movimento dos Penitentes o ponto de saída para Francisco e Clara, chega-se em linha reta até a “Ordem Franciscana da Penitência”, como a Terceira Ordem foi chamada inicialmente. Apesar de não serem exatamente derivações, as duas outras Ordens são, pelo menos, condensações da “Ordem da Penitência”.

Desde cedo, a fascinação exercida pela pessoa de Francisco suscitou conseqüências para a própria Ordem da Penitência. Provavelmente, foi em Greccio o lugar onde a Terceira Ordem de São Francisco nasceu. Isto não seria sem importância, porque em Greccio aconteceu também a primeira festa do presépio, a revelação da Religião da Encarnação.
Certa vez, Francisco declarou: “Entre as cidades grandes não muitas se converteram à penitência como Greccio, que não é outra coisa senão uma pequena cidade-castelo”. E o relato depois continua: “Pois muitas vezes, quando os irmãos de Greccio cantavam o louvor de Deus, assim como costumavam fazer em muitos lugares, então o povo da cidade, grandes e pequenos, saíam de suas casas e se juntavam no caminho fora do lugar e respondiam em alta voz aos irmãos: “Seja louvado o Senhor, nosso Deus!” Até mesmo crianças pequenas, que mal sabiam falar, louvavam a Deus tanto quanto podiam, cada vez que encontravam os irmãos”. (LegPer 74). Logo, tratava-se, na Terceira Ordem, de convertidos que voltavam a praticar a sua fé e a contar com Deus na sua vida diária. Reconhecendo a Deus, deram testemunho que Ele era o Senhor de suas vidas, adorando e honrando-o “em suas casas”. Isto é a expressão sempre repetida que se dava à forma original desta Ordem. Em outras palavras, tratava-se de pessoas que procuravam viver a sua fé nas suas famílias, nas suas profissões e através de seus afazeres dentro da sociedade.
Francisco deu uma espécie de Regra a este grupo de seguidores, a assim chamada “Carta dos Fiéis”. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

SALVE, Ó MÃE DO SENHOR!

Paz e bem!

Com fé e devoção, peçamos à Maria que nos sustente na fé, nos abençoe, nos motive, nos encoraja e nos fortaleça.

Salve, ó Palácio do Senhor!
Salve, ó Tabernáculo do Senhor!
Salve, ó Morada do Senhor!
Salve, ó Manto do Senhor!
Salve, ó Serva do Senhor!
Salve, ó Mãe do Senhor!
Salve vós todas santas virtudes derramadas,
pela graça e iluminação do Espírito Santo,
nos corações dos fiéis, transformando-os de infiéis em servos fiéis de Deus!

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus completa 21 anos.


























Hoje, nossa Fraternidade completa 21 anos de aprovação como Associação Pública de Fiéis, oficializando nossa congregação!

Mesmo antes, nossos frades já exerciam as missões nas obras da Associação, que foram crescendo, se expandindo para outros lugares do Brasil, levando cuidado aos enfermos, solidariedade aos mais necessitados e o evangelho, como nosso inspirador, São Francisco de Assis.

Paz e Bem!



sexta-feira, 7 de maio de 2021

Série: Luz do Meu Caminho | 6º Domingo da Páscoa

 


Fraternizar SCJ

Neste 6º Domingo do Tempo Pascal, Frei Cristiano Nobre de Oliveira, OFM nos ajuda a refletir o evangelho. 
Não perca tempo: inscreva-se no Canal e compartilhe essa novidade com amigos e todos aqueles que amam São Francisco e a espiritualidade Franciscana! 
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

CARISMA FRANCISCANO-II Dois testemunhos-

Francisco renunciou ao poder que gera a violência e ao dinheiro que está na raiz do poder. Deu de mão a toda a ambição de domínio, incluindo a mais sutil de todas, a dos clérigos. 
Rompeu com o sistema político religioso de seu tempo, a supremacia temporal da Igreja, as lutas feudais, as guerras santas. 
Fê-lo sem clamor, sem subverter a opinião pública, com suavidade, humildemente, mas realmente. Num 
mundo violento, eriçado de torreões, cavado de fossos o seu universo não conhecia muralhas nem torres de vigia. 
Pobre de bens e de poder, estava em paz com todos, vivia ao nível de todos os seres, para todos tinha um olhar cheio de luz e de respeito. 
O olhar, sobretudo, nele era maravilhosamente humano; humanos os sentidos todos. As criaturas já não eram objeto de posse e de domínio. Irmão do sol e das criaturas, caminhava num mundo aberto e esplendoroso. Era o pai de uma multidão de amigos. Nele se congraçavam a pureza e a ternura e nenhuma barreira conseguia impedir que se expandissem pelo mundo. 
O seu horizonte não era a cristandade temporal, com seu prestígio, as suas fronteiras a defender ou a dilatar, mas apenas Jesus Cristo, que urgia amar e servir o homem que se impunha salvar.

Éloi Leclerc, em “Desterro e Ternura”, Editorial Franciscana, Braga (Portugal), p.10-11


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Irmãos e irmãs de São Francisco, temos um papel importante a desempenhar no futuro que devemos construir com todos os homens e mulheres de boa vontade acentuando a prioridade das pessoas no seio da Fraternidade universal; manifestando a novidade do Evangelho, fonte de felicidade; encarnando no cotidiano dos relacionamentos, o amor salvador de Cristo; esforçando-nos em sermos testemunhas da liberdade interior do Espírito; recusando a ditadura do dinheiro e a pauperização de dois terços do planeta. 
Construir o futuro no maravilhamento diante da beleza da criação e promovendo um desenvolvimento humano duradouro; apaixonados pela paz e diálogo entre as religiões; sentindo-nos solidários de uma Igreja muitas vezes pecadora e por vezes luminosa. 
Um mundo novo está nascendo e a família franciscana deve fazer aí ouvir sua música própria.

Michel Hubaut, em “Chemins d’intériorité avec saint François”, Ed. Franciscaines, Paris, p 18-19

Por Frei Almir Guimarães

Fonte: Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil



sexta-feira, 1 de novembro de 2019

domingo, 22 de outubro de 2017

MINHA VOCAÇÃO - TV FRANCISCANOS



NOVICIADO FRANCISCANO SÃO JOSÉ / RODEIO - SC PRÓ-VOCAÇÕES E MISSÕES FRANCISCANAS PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL
http://www.pvf.com.br/


terça-feira, 8 de agosto de 2017

O jeito franciscano de não ter cargo de mando


Nas Crônicas de Salimbene de Parma temos o relato: “Também Frei João de Parma, sendo Ministro Geral, quando se tocava o sino para limpar os legumes ou verduras, ia aos grupos de trabalho do convento e trabalhava como os outros irmãos, como muitas vezes vi com meus olhos. E porque me era familiar, eu lhe dizia: “Pai, vós fazeis o que ensinou o Senhor: Quem é o maior entre vós faça-se o menor, e o que precede como quem serve” (Lc 22,26). E ele respondia: “Assim devemos cumprir toda justiça, isto é, a perfeita humildade”. Também participava do ofício eclesiástico dia e noite, principalmente das Matinas, das Vésperas e da missa conventual. Tudo o que o cantor lhe pedia, fazia-o imediatamente, iniciando as antífonas, cantando as leituras e responsórios e rezando as missas conventuais” (Slb 44).
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Num mundo onde existe competição, excesso de status hierárquico, sedução do poder, domínio e ostentação do cargo de mando, vale este jeito franciscano de servir. Ter um cargo não é ter poder, mas serviço. Serviço como a ação generosa de se dar, uma ação esplendorosa de disponibilidade humilde, generosa, cheia de cordialidade. Fazer na pura gratuidade, no modo de doar-se livremente, voluntariamente, na oferenda do fenômeno chamado amor.
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Não é ter cargo de mando, mas estar na ação espontânea de ser útil, ser capaz de estar à altura de uma grande ou pequena ação feita na boa vontade. É aquele que tem no servir o espírito do serviço. Servir é eliminar a superioridade. Não é ser maior ou melhor, mas é dar-se sem conotação de domínio, de imposição, de exploração e de poder. É a original doação do simples, capaz de um trabalho humilde.

Frei Vitório Mazzuco

domingo, 23 de abril de 2017

Frei Egídio de Assis



"Pertencente aos primeiros discípulos de São Francisco de Assis, Egídio era simples e manso. Peregrinando em espírito e devoção a diversos santuários, não deixava nunca de ganhar seu sustento, trabalhando e ajudando os lavradores no cultivo de suas terras. Gostava de levar vida eremítica, mas nem por isso se desinteressava pelo bem das almas. Passou os últimos anos de sua vida em Perusa, dedicando-se a exercícios de ascese e contemplação. Morreu no ano de 1262."

(Extraído do Próprio da Família Franciscana)

domingo, 6 de novembro de 2016

ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA



Eu amo São Francisco de Assis, a alma como de Cristo que nos ensina a verdadeira Luz do que seja ser Cristão e fazer parte da Fé que Jesus nos ensinou.
Amar a Jesus Cristo sem medo de ser humano, apenas compreender que basta amar o Senhor acima de tudo. 
São Francisco nos ensinou com seu exemplo que Deus está ali numa árvore quando um pássaro gorjeia e nos alegra com um som maravilhoso que nenhum homem é capaz de emita-lo com fidelidade.
Quando olhamos um riacho e suas águas correm límpidas refletindo os raios do sol, carregando no seu leito peixes de lindas cores e formas, nunca esqueça disso Deus está ali.
Deus está ali...Bem perto de nós é só observar com os sentimentos que nossa alma é capaz de alcançar...

Texto Rivaldo R. Ribeiro