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Ser nobre de costumes é ter sentimentos e atitudes nobres. Poderia ter ficado quieto sofrendo no seu canto sem se importar com ninguém, mas preferiu estar alegre e sereno em meio às tensões de uma prisão. Estar com um grupo humano não significa apenas amontoar-se entre os sofridos da hora; mas fazer valer a nobreza de costumes ao levantar a moral dos que estão ali com ele em situação adversa. Quando convive com a desfiguração e a decadência do ser humano, Francisco reconstrói. No leproso, no cárcere, e entre os banidos do bem-estar, Francisco faz um encontro direto com a pessoa. Valorizar a pessoa que ali está faz com que ela volte a acreditar que existe solidariedade e fraternidade. A sua alegria vem desta presença. É como se ele dissesse com aquele leve sorriso dos realizados: “Olha, meu irmão, olha minha irmã, mesmo que não possa ajudar, eu estou junto com você, caminho com você, estou ao seu lado”.
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Das horas orantes e contemplativas do eremitério organizado e regrado em materna fraternidade; ao levar consigo um irmão para as fronteiras da batalha em Damieta, no Egito, por ocasião de mais uma Cruzada, e dialogar com o Sultão; no momento de ir a Roma, com mais nove irmãos, falar com o Papa Inocêncio III; ao consultar a clara Irmã Clara e Frei Silvestre em sérias decisões para a sua vida, Francisco não sabe ser e fazer sozinho. Há carismas pessoais que preferem fazer sozinhos. Há o Carisma de Francisco de Assis que está sempre em meio a todos, com a força fraterna que garante a nobreza do discernimento, a nobreza de costumes, a nobreza de atitudes que passa pela vontade de muitos.
FREI VITÓRIO MAZZUCO
BLOG: http://carismafranciscano.blogspot.com.br
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