Homilia do 17°Dom do tempo comum(Lc 11,1-13)(28.07.19)
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Caríssimos, a liturgia deste domingo trata do dom da oração e de suas virtudes; com efeito, esse dom é o meio mais eficaz de se fazer a vontade de Deus e de vê-la realizada em todos os sentidos de nossa vida; costumo dizer que a oração é a graça de todo momento, porque tem seu fundamento na fé que age para muito além do que podemos por nós mesmos, visto que a oração é o dom por excelência do encontro com Deus e de nossa permanência Nele.
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Na primeira leitura de hoje vemos a oração intercessória de Abraão que sente compaixão dos habitantes de Sodoma e Gomorra e perseverante intercede por eles a partir das virtudes dos justos que nelas ainda existiam na esperança de que tais virtudes seriam suficientes para aplacar a justiça divina dando tempo para que tais habitantes se convertessem. Mas, o grau de pecaminosidade deles era tamanho que só foi possível salvar os poucos justos existentes.
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Na segunda leitura de hoje São Paulo nos dá a conhecer que a presença de Cristo em nossa vida é a garantia de nossa salvação eterna, pois, o Senhor por Sua Divina Misericórdia perdoa os nossos pecados nos livrando das terríveis consequências que eles trazem, como vimos acontecer com os habitantes de Sodoma e Gomorra que não foram poupados do fogo que os destruiu por causa dos incontáveis pecados que cometiam.
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No Evangelho de hoje os discípulos pedem que Jesus lhes ensine a orar como São João Batista e os mestres da Lei ensinaram aos seus discípulos; ao que o Senhor lhes satisfez ensinando a oração do Pai nosso. Ora, essa oração contém os fundamentos da unidade cristã e seus efeitos práticos na vida daqueles que oram sem cessar, porque a oração perseverante é o meio pelo qual Deus, nosso Pai, nos concede todas as graças necessárias para a nossa salvação.
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Portanto, para além dos pedidos que nela fazemos, a oração do Pai nosso, nos leva viver a perfeita comunhão com o Senhor e entre nós, pois, acompanhada da fé, da humildade e da justiça nos faz realizar em todos os sentidos somente a vontade de Deus que nos livra de todo o mal.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
A ORAÇÃO LUCAS 11, 01-13
"1.Um dia, num certo lugar, estava Jesus a rezar. Terminando a oração, disse-lhe um de seus discípulos: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos.”
2.Disse-lhes ele, então: “Quando orardes, dizei:
Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso Reino;* 3.dai-nos hoje o pão necessário ao nosso sustento; 4.perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos àqueles que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação”.
5.Em seguida, ele continuou: “Se alguém de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, 6.pois um amigo meu acaba de chegar à minha casa, de uma viagem, e não tenho nada para lhe oferecer; 7.e se ele responder lá de dentro: Não me incomodes; a porta já está fechada, meus filhos e eu estamos deitados; não posso levantar-me para te dar os pães; 8.eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar.
9.E eu vos digo: pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e vos será aberta.
10.Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá.
11.Se um filho pedir um pão, qual o pai entre vós que lhe dará uma pedra? Se ele pedir um peixe, acaso lhe dará uma serpente?
12.Ou se lhe pedir um ovo, lhe dará porventura um escorpião?
13.Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem”. (= Mt 12,22-45 = Mc 3,22-27)
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