Aproximando-se, por fim, a hora de sua morte, fez com que chamassem à sua presença todos os religiosos que se mostravam naquela santa casa, e consolando-os com palavras amorosas pelo sofrimento que causava, exortou-os, como pai cheio de carinho, ao amor de Deus. Falou-lhe depois, longamente sobre a paciência, a pobreza tão amada por ele e a fidelidade que deviam conservar à Santa Igreja Romana, recolhendo-lhes, sobre tudo a observância do Santo Evangelho.
Estando em seu redor todos os religiosos, estendeu as mãos sobre eles, pondo um braço sobre o outro em forma de cruz, pelo especial amor que sempre mostrou por esse sacrossanto sinal, e abençoou em nome e virtude do crucificado todos os seus religiosos, tanto ausentes como presentes, e acrescentou 'Temei ao Senhor, meus amados filhos, e permanecei sempre unidos a Ele. E pelo fato de se aproximar no bem começado. Eu, de minha parte, volto-me para o meu Deus e vos recomendo à sua graça'".
Concluída esta maravilhosa e suave exortação, mandou o servo de Deus que lhe trouxessem o livro dos Santos Evangelhos e pediu que lessem aquela passagem de São João (13,01) que começa assim:
"... Na véspera da Festa da Páscoa..." Em seguida, reunindo suas escassas forças, começou a recitar o Salmo 141 que inicia assim: "... Em alta voz eu grito pelo Senhor, em alta voz suplico ao Senhor", e continuou até as ultimas palavras que dizem: "Os justos virão me rodear por causa do bem que me fizestes" (Legenda).
Fonte: Fraternidade Toca de Assis
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