"Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz"
São Francisco de Assis

domingo, 10 de agosto de 2014

A grande “plantinha” do carisma franciscano


Santa Clara de Assis-11 de agosto
Santa Clara nasceu em Assis, em 1194. Aos 18 de março de 1212, saiu de casa e se consagrou a Deus na igrejinha de Nossa Senhora dos Anjos, a Porciúncula. De 1212 até a sua morte, aos 11 de agosto de 1253, viveu no silêncio e no retraimento da clausura de São Damião.

Com a celebração dos 800 anos de fundação do carisma clariano, em 2012, muito se falou e destacou a personalidade forte de Santa Clara de Assis, com base em documentos recuperados no século XX, que mostram a figura ímpar desta seguidora de São Francisco de Assis na história da Igreja. Hoje, já não dá mais para sequer pensar que Santa Clara foi inteiramente dependente de São Francisco.

O frade capuchinho Frei José Carlos Pedroso, em entrevista a este site, explica o significado da “plantinha de São Francisco”, que gerou uma leitura equivocada desta grande mulher. “Trata-se de uma leitura desajeitada. Costumam entender que ela seria como um vaso querido de São Francisco, que ele punha na janela e regava todo dia. Seria uma criança. Mas quem conhece os textos das Fontes sabe que plantinha, em latim plântula, é o que nós chamamos de muda. Quando um mosteiro fundava outro, o fundador era chamado de plantador e o fundado era a muda, ou plantinha, porque nos primeiros tempos dependia dos cuidados do outro.

Nas suas biografias, São Francisco é chamado de plantador da Ordem dos Menores. A Ordem de Santa Clara também foi plantada por ele.

Uma das coisas que surpreendem em Santa Clara é que, depois de ser obrigada a seguir a regra de São Bento, a regra de Hugolino e a regra de Inocêncio IV, ela pôde finalmente fazer a dela.

É notável a sua maneira de ser livre”, explica Frei José Carlos. Segundo o Dicionário Franciscano, os elementos fundamentais do novo estilo de vida estão sintetizados na Bula de aprovação da Regra de Santa Clara que fala da união dos espíritos e da altíssima pobreza, como também da vontade de viverem juntas na clausura. Estamos diante de aspectos exteriores de uma realidade interior centralizada no amor do pobre Crucificado. “Sem sombra de dúvida a pedra angular de todo o edifício religioso, de toda a vida espiritual de Clara e de suas irmãs é estarem ligadas com afeto pessoal a Jesus Cristo, amor esse ardente e apaixonado. Por causa de Cristo, perto de Cristo, junto de Cristo se realizam todas as suas experiências e se constrói sua vida em sua totalidade”.

http://franciscanos.org.br



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